TNG

Enquanto outras marcas fizeram uma viagem aos anos 70 para buscar referências, a TNG preferiu pegar inspiração em outra época mais recente. A década de 90 e o movimento clubber nortearam o trabalho de Tito Bessa Jr., diretor criativo da nova coleção. Mas esqueçam as camisas flaneladas, o rock de Kurt Kobain etc. Outro grande ícone desses anos é o destaque da primavera-verão 2011/2012 da TNG: o jeans.

O tecido predominou no desfile da marca no Fashion Rio. Ele apareceu em looks completos no início da apresentação e depois foi inserido de uma forma mais tímida nas outras produções. É o caso do mix em uma camisa masculina xadrez que ganhou mangas de demin. Com diferentes lavagens, textura leve e movimento, a apresentação da TNG deixou uma leve dúvida sobre o real uso da matéria prima na nova coleção. A maioria era jeans, sim. Mas a marca também brincou com estampas para trazer o aspecto do tecido à uma camiseta regata e uma bermuda para homens.

Tanto a silhueta é larga. E o sexo independe. Nas mulheres, as peças largas ficam mais justas apenas na cintura com o auxílio de cintos ou cordas, que também são usadas no stylind masculino. Os ganchos das calças são baixos e o comprimento fica na altura do tornozero. Boa aposta para a estação! Melhor ainda por dar maior destaque aos sapatos de veniz com solado brando. Uma versão masculina das maxi-plataformas utilizadas pelas modelos e a atriz Deborah Secco no desfile. (Esta aí a única referência clubber na apresentação.)

O jeans é deixado de lado quando os desenhos do cenário ganham cor e viram estampas em camisas, vestidos e regatas. O colorido vem neoconcretismo, um movimento artístico que propôs novos caminhos para a arte geométrica brasileira nos anos 50. O ultracolorido  teve combinação com tons mais fracos de azul, verde, rosa e salmão.

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