Eu bebo, sim…

Lá fui eu, mais uma vez, aventurar-me na noite brasiliense… A procura de um pouco de diversão, quem sabe uma conversa interessante. Quem sabe conhecer alguém bacana, etc… O lugar não estava insuportavelmente lotado, o que era um milagre. A banda era boa. Gente interessante. Por incrível que pareça, mais homem que mulher. Meninos legais. Bem bonitinhos mesmo…

A noite foi passando. Eu era a amiga da vez. Sóbria. Sem beber uma gota de álcool. Tava lá, curtindo a música. Há  poucos lugares em BSB em que a música realmente me agrada, esse lugar é um desses poucos. Gente da minha idade. Um monte de caras com aquela camisa polo pra dentro da calça. Sabe quando tem “sou funcionário público e tô sozinho” escrito na testa? E tudo bem! É a proposta da cidade! O povo estuda e passa num concurso pra alguma coisa que pague muito bem e não tem muito mais com que se preocupar. É uma tribo bem específica, com um papo bem definido. Primeira coisa: conta toooooda a história de como era na cidade dele, depois como foi difícil estudar e passar no concurso, depois como é mudar para uma cidade tão diferente, depois como ele foi legal e fez muitos amigos, depois começa a parte de para qual concurso está estudando agora… sempre a mesma coisa. E, como eu disse, tudo bem. A gente vai sabendo.

E as meninas estavam animadas. Conforme as horas avançavam, a casa foi esvaziando e foram ficando os caras encostados nos cantos… sabe aquelas festinhas de quando a gente era criança, que ficavam os meninos num canto, com vergonha de tirar as meninas pra dançar? Parecia isso… Uma das meninas engatou numa conversa com um carinha. Descobriu que ele morava no edifício dela. Maravilha, se acertaram. Realmente, era um cara bem legal, inteligente, gentil, etc. Aí fui reparar no resto do povo. Gente, os meninos estavam todos muito, muito bêbados. Eles estavam escorados nas paredes pra não cair…

Caras bem legais, bonitos, bem vestidos. Que não conseguiam articular meia frase!!!!! Nã-nã-ninã-não! Se tem uma coisa que eu acho desagradável é gente bêbada. Pior ou mais deprimente que um homem bêbado só uma mulher bêbada. Tá, sem falsos moralismos! Todo mundo toma um pilequinho (ou um porre mesmo) uma vez ou outra. Mas eu tenho uma regra básica: não bebo quando estou de carro. Acho uma coisa doida alguém que não consegue sequer falar, garantir que está bem pra dirigir, me poupe! É feio. É irresponsável. É, sim, medidor de caráter uma pessoa que coloca em risco a sua vida e a vida de outras pessoas. Ah, e é crime!

Mas voltando pra balada. Conversando com as meninas que estavam comigo, elas tinham, de forma unânime, a mesma opinião: nunca ficariam com um cara, por mais gato que fosse, se ele estivesse trêbado. Não dá! Corta-tesão total! Gente bêbada é chata, fede, tem problemas de dicção, de equilíbrio e de educação. A pessoa, quando bebe além da conta, fica inconveniente, sem noção, e sem modos! E é científico, e também comprovado empiricamente, que o homem não funciona muito bem bêbado. Fica entre o “meia bomba” e a inutilidade total. Ah, e quando chora? Afemaria!!! Sério! Por que diabos a gente ia juntar da sarjeta um sujeito nesse estado? Não, não dá! E aí os caras vão pra casa, sem se dar conta do ridículo, curam o porre e no dia seguinte dizem para os amigos que só tinha mulher “fazida” na festa. Sei…

Meninos! Não bebam demais. A linha entre beber socialmente e passar da conta é tênue. Mas acredito que na faixa dos 30 anos todo mundo já se conhece um pouco. Já sabe dos seus limites. E se bebe demais, faz sabendo o desastre que será. Momentos pontuais de alegria incontida (formaturas, casamentos, etc) ou de fossa total ( divórcios, pé na bunda, morte do cachorrinho) acontecem. E tá, a gente afoga as mágoas no álcool. Mas, se você realmente tá saindo com a intenção de pegar alguém, beber não vai te desinibir, não vai te dar coragem, não vai te fazer mais interessante. Só vai afastar toda e qualquer pessoa que valha a pena. Então, beba com moderação!

 

1 comentário sobre “Eu bebo, sim…

  1. Ane, valeu pelo feedback feminino. Mas não me leve a mal não, você foi na ‘manélândia’. QUando um cara fica falando do trabalho e do salário dele deixe-o se embriagar porque ele já está apaixonado por si mesmo 🙂

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