Agressão em campo
Covardia. Essa palavra define bem o ato do jovem goleiro do Sport Recife, Gustavo Pereira de Lima, que em determinado momento do jogo resolve aplicar uma “voadora” no adversário vascaíno. A vítima da agressão, o meia Elivélton disse que perdoa o goleiro, mas desabafa: “não seria certo ele voltar a jogar futebol”.
Perfeito. A Taça BH de Futebol Júnior é um campeonato para jovens jogadores, que pretendem iniciar uma carreira como profissionais. De acordo com as leis do futebol, o “goleiro valentão” pode ser punido e afastado dos gramados por, no máximo, seis meses.  Brechas na Lei permitem isso, inacreditável. Gustavo deveria ser banido do futebol. Somente uma punição exemplar faria com que nenhum outro atleta pensasse em cometer tal crime. Penas brandas permitem atos como o visto no jogo entre Vasco e Sport. Expulso do futebol, o jovem goleiro serviria de exemplo para futuros atletas.
O craque Ronaldo Fenônemo chegou a postar no Twitter que em vez de criticar o jogador, as pessoas deveriam pensar em alternativas para que ele fosse tratado. Infelizmente, Ronaldo, não pode haver espaço para esse tipo de atleta em qualquer esporte. Se Gustavo é esquentado ou mal orientado, não é a questão. Fato é que o golpe covarde poderia ter deixado Elivélton paraplégico, tetraplégico ou, pior ainda, morto.
Temos um vasto histórico de jogadores valentões no futebol, tais como Edmundo, Kleber e Luis Fabiano, mas a falta de impunidade para uns no passado não justifica a vista grossa feita atualmente. Atletas que atrapalham o espetáculo, agridem companheiros e arrumam confusão deveriam lutar boxe, ou MMA. Aliás, bastaria um ato de covardia como o visto na última segunda-feira (25/7) para serem expulsos, também.
Assista ao vídeo da agressão em uma matéria do Jornal Nacional (TV Globo):

Entende? Somente uma punição extremamente rigorosa a este jogador faria com que nenhum outro fizesse algo parecido. A “voadora” aplicada em Elivélton mostrou que a certeza de impunidade incentiva jovens agressores. O Sport Recife, de maneira correta, rescindiu contrato com o atleta e o demitiu. O clube também irá oferecer serviços psicológicos para o jovem. Parabéns! Certamente, a carreira de Gustavo está amaeçada. É necessário que ele reflita, converse com os psicólogos e perceba o quão irreponsável foi.
Se os seis meses de afastamento do esporte servirão, ninguém sabe, mas tomara que ele coloque a cabeça no lugar. Se a punição mais grave não pode ser aplicada, que o período longe dos gramados mostre para Gustavo que um atleta deve sempre respeitar um adversário, em qualquer circunstância e jogar de forma limpa.

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