E por que não fazer a três?

PORQUE NÃO, P*RRA!

Não, não somos puritanas, ou moralistas. Não, não somos defensoras da família e da moral, muito menos dos bons costumes. Só é preciso um pouco de bom senso pra tudo, inclusive pras surubas e afins, meu bem…

Deixa eu contar o que me contaram que vale a pena…

Uma amiga me contou de um ficante, ficante mesmo, casual (cara que não quer compromisso, só quer sair vez que outra e nem pensa em engatar nada sério) que veio com um papinho palha de que tinha sonhado com ela e outra mulher, uma amiga dele. Perguntando se, assim somente no plano das idéias, ela toparia algo do gênero. Minha amiga, sensata e comedida como sempre, respondeu que faria sim. Com alguém que tivesse envolvimento, com quem estivesse no clima. O cara (nem acredito que vou escrever isso) insistiu! Mandou o link do orkut prá ver se interessava! Eu, no lugar dela, já teria dito “Gato, a mina tem ORKUT! Fora de cogitação”, mas enfim. Ela disse, mais uma vez, não, obrigada! Era uma garota com quem ele tinha história. Minha amiga falou: “Ane! Olha bem se eu tenho cara de terceiro elemento?”Justo! Se é pra embarcar em uma dessas pela primeira vez tem que ser de atriz principal. Não o ser humano que bota a roupa e vai embora e os outros dois ficam dando nota de 0 a 10! Na-na-ni-na-não!

Pra terminar, a criatura mandou uma mensagem derradeira dizendo que se a minha amiga tivesse alguma amiga gostosa com quem ela topasse transar, que ligasse prá ele. SOCORRO! EU NÃO SEI SE DOU RISADA OU SE CHORO, BRASIL!

Negócio é o seguinte: não acho nada, absolutamente nada, feio. Acho inclusive tudo até muito bonito. Acho ótimo esse mundo de pessoas que se pegam irrestritamente. Que sabem levar a vida sem ciume, sem posse.Ou que só querem transar mesmo, que seja! Tirar proveito dessa carne que, um dia, todos sabemos, que vai apodrecer. Como sempre diz minha sábia avó: “vai deixar prá terra comer???”

Mas, filho! Ouça aqui a tia um instante… tudo tem seu tempo e lugar. Existem lugares prá se conhecer gente que topa algo comunitário, casual, quase anônimo, sem problemas. Gente que acha, inclusive, que só funciona se for assim. Existe a internet que te fornece acesso a esse público sem sair de casa. Existe todo tipo de gente no mundo, só escolher. Mas, cara, você conhece uma pessoa, convive um tempo, sai prá jantar, vai ao cinema, etc… ok, não é namoro! Mas deu prá ter uma idéia, né? Não chega com uma idéia dessas, garoto. Acontece? Acontece. As mulheres fazem? Fazem. Gostam? A maioria gosta, algumas não admitem. Dizem que é só prá agradar o namorado (acho q aí já é um pouco demais. Não dá prá fazer isso só prá agradar alguém, muito autruísmo pro meu gosto…). Mas, enfim. O fato é que coisas assim acontecem. Mas, prá uma grande parte das pessoas, não é como comprar pão na padaria. Não é como comprar pão na padaria e sorrir prá um ou dois estranhos no caminho. Não! É um pouco mais complexo que isso…

E, por outro lado, veja bem… tem alguém que vai falar “ah, mas eu nunca faria uma proposta essas para a minha ESPOSA” (e nessa hora ele enche a boca prá falar esposa… humpf!). Nossa moral é tão vazia de propósito que o cara não pensa que, em um casamento, é justamente onde se encaixaria melhor esse tipo de proposta. Existe confiança, existe a proximidade, existe a preocupação com o outro… por que não? Mas namorada e esposa não pode. “Ela vai ser a mãe dos meus filhos!” Isso, continue assim. Chifres à vista…

Só prá deixar a pergunta no ar… e se ela propusesse você, ela e mais um cara? Hein, hein??? Hehehe, no dos outros é refresco, né malando?!!

O recado é esse. Não chegue prá menina, com quem você vem saindo e com quem nunca surgiu esse assunto, e proponha um ménage, uma suruba ou whatever! Difícil que role. Ela vai é sumir, meu caro. É um processo de confiança. Se adquire. Não deixe de propor isso para sua namorada ou mulher (e veja, eu disse mulher e não esposa), se realmente é isso que você vem sonhando há tempos. Ela pode estar só esperando pelo convite. A natureza humana é uma teia infinita de sutilezas e complexidades. A gente nunca sabe como é o desejo do outro, de verdade. Amar é saber quais os botões apertar.