O Dilema do Telefone…

Quer um assunto que seja sucesso garantido? Sexo! Quer animar uma mesa de bar? Fale de sexo! Não tem quem não preste atenção (na sua mesa, na mesa do lado, o garçom, o cara do balcão, o caixa…) é sempre assim. E se o povo da mesa for bonito e interessante então, nossa! Viramos a atração do lugar. Porque o povo empolga, né? Começa a falar alto e a contar coisas doidas e, com esse meu talento pra ouvir, acaba que o assunto domina total a cena e não tem quem não se divirta. Sexo é bom de fazer e é bom de falar sobre.

Nessas minhas pesquisas pra escrever aqui essa tática é infalível. Puxo o assunto e é só deixar a discussão fluir. Todo mundo tem uma opinião, um exemplo. E quando o exemplo é muito exótico a história começa sempre com “conheço uma pessoa que…” Mas tudo bem, o que vale é a interação, a troca de experiências. Homens e mulheres falam de forma diferente a respeito de sexo. Mas coloca homem e mulher juntos numa mesa falando sobre isso pra ver. Eles acham o equilíbrio. E é uma interação muito interessante. Essa comunicação que acontece é formidável e, penso eu, muito instrutiva para os dois lados. Pensem: há bem pouco tempo não tínhamos muita abertura pra contar uns para os outros nossas experiências e expectativas. Ficava o clube do bolina e o papo calcinha cada um no seu quadradinho e, salvo alguns momentos de intimidade, não havia troca de informação. Os próprios casais não falam muito, o que é absurdo e é a regra geral. Um saco!

Mas, então! Essa semana a interatividade social super me ajudou a escrever a coluna. Perguntei, perguntei e perguntei! Dos papos que surgiram, a discussão mais surpreendente foi sobre ligar no dia seguinte. Quem liga? Quando liga? O que faz a gente ligar? Sério. Acabo dando meu telefone quase sempre, mas quero muito que não ligue. Juro que dou o telefone, o cara dá um toque e depois tenho que salvar como “o menino de ontem” porque não sei o nome. Mas essa sou eu. A experiência alheia é bem diferente. E eu achei que quem se ressentia com essa história de não receber o devido telefonema era a mulher. Ledo engano. O cara fica p*to também! Consenso geral: querer atenção é do ser humano. Isso é básico.

Mas vamos às diferenças. Porque a mulher quer que o cara ligue? Sendo ou não uma super pegação ou um super transa, a mulher sempre quer que o cara ligue. Eu achava que era porque mulher tem essa dificuldade de admitir que foi só uma voltinha e que não haverá desdobramentos. Essa porção princesinha que fica escondidinha em algum lugar da nossa alma e que aflora esperando a p*rra do príncipe encantado que nunca vai chegar. Achava isso. Até que a menina disse a maior das verdades. Mesmo que, pra mulher, o cara tenha sido só uma transa, ela nunca vai se sentir confortável em ser só uma transa pra ele. Ela sempre vai pensar “Como assim? Eu, esse mulherão, e o cara não vai me ligar?” Pura falta de modéstia da maioria das mulheres.

O homem? É sutilmente diferente. É ego. Pelo que escutei, o que muda radicalmente é a questão da quantidade. O homem quer quantidade. É mais difícil um homem querer que um rolo vire um rolo fixo, que um rolo fixo vire alguma coisa de verdade. É canalhice misturada com medo mesmo. Aquele eterno medo do “game over” se sentir “fisgado”. Ainda assim, a mulher ligar ou mandar SMS faz o cara se sentir “fodão”. Mesmo que, dificilmente, ele retorne. Lembrando que sempre existem as exceções, mas aí é aquele eterno desencontro. Os caras que querem namorar vão escolher as mulheres que não querem e assim por diante.

Ok, a bola está com vocês! Quem liga? Quando liga no dia seguinte parece desespero? Ou é bonitinho? E o mais importante e que ficou sem resposta: o que te faz ligar? O que te encanta a ponto de arriscar entrar nesse jogo? Hein? Hein?

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