Brasília Fashion Festival
A moda masculina caminha rumo a uma necessidade de expressão sem precedentes. A personalização da imagem é um brinde a individualidade, à expressão única da arquitetura do vestir. Trajes formais convivem lado a lado com a liberdade do streetwear, com a livre apresentação de “jeitos de ser” variados e representativos de uma época em que o global clama pelo individual. Convenções vão se abrandando. Ternos são usados com bermudas, paletós ganham outras formas, diferentes tecidos e o novo mora mesmo é nos detalhes. Estampas encarregam-se da bossa das novidades, e, trocando em miúdos, o panorama do verão ainda deriva do inverno. Ao contrário do que acontece nas coleções femininas, o guarda-roupas masculino não conjuga muito bem o verbo mudar, sobretudo quando a alteração ocorre assim, de uma estação para outra. Basta lembrar que o terno, roupa formal masculina por excelência, demorou 300 anos para chegar à forma como o conhecemos. O imperativo no masculino é dessazonalizar, ou seja, abandonar as convenções que restringem certas peças e tecidos a uma determinada estação. Até porque com tantas mudanças e instabilidades climáticas, o figurino manda mesmo é que apostemos em roupas com livre trânsito, que possam cruzar dias e noites. A expressão individual é um luxo que, somado a experimentos de comprimentos, silhuetas e novos tecidos, vestem a excelência deste admirável homem novo, alheio a convenções, a rótulos que tentam definir este ou aquele comportamento. Nesta ampla amostragem do que é possível, propostas cheias de estilo como a da estréia da marca Uódafoca e sua vitrine aberta para a rua caminham ritmadas com a elegância da alfaiataria de Márcio Santos e ainda encontram mais a frente o frescor contemporâneo das criações de Fernanda Ferrugem. Assim é a moda masculina. Plural em sua individualidade e aberta a novos olhares. Por ela, balançamos o estilo, sacudimos as convenções e contruimos um novo jeito de ser, afinal, moda deve ser assim, uma regra pertinente a um determinado momento, ávida por ser desafiada… Este é o formato das coberturas de desfiles do Mistermag. A cada evento de moda, pinçaremos as inspirações e formataremos as direções da temporada em um report como este. Enjoy!!!!
Jogo de formas e de comprimentos. Silhueta mais ajustada x comforto. Há espaço para calças mais justas, modelagens mais quadradinhas e para o formal revisitado, assim como para abordagens mais amplas, derivadas da rua. Tudo ao mesmo tempo agora.
Estampas abstratas, pinceladas e formas orgânicas ganham os tecidos. Grafismos fazem o jogo do “repetir, repetir, até ficar diferente”.
O xadrez migra do inverno para a estação mais quente do ano e investe em cores fortes no exercício de diferenciar-se do formal. Dele derivam listras que surgem em direções variadas e novas disposições.
O jogo de comprimentos deixa pernas à mostra. Bermudas ganham status ao lado de peças mais formais e apostam em modelagens variadas. Ganchos deslocados para baixo, como os da recorrente saruel, são bem-vindos, assim como versões mais curtas. Até os shorts saem das academias e arriscam um passeio que promete durar. A ordem é misturar.
Coletes têm lugar de destaque nesta temporada. Reformulados, experimentam novos tecidos e prescindem da companhia da dupla calça e paletó. Um informal cheio de estilo.
Equipe de fotografia (da esq. para a dir.):
Tatiana Teles, Sueli Estrela, Raquel Lima e Debora Quatrin







Para surpresa encontrei uma xará, gostaria de saber de que cidade é ela.
um abraço
Sueli Estrela
Parabéns pela edição do material ! prático como deve ser…
Acho chic!!! Adorei a materia. bjs