Mitos sobre vinhos
 
				Muita gente tem receio de comprar um vinho, ou mesmo de falar sobre, por acreditar se tratar de um assunto complexo demais. De fato, a gama de informações acerca dos vinhos é imensa, mas não necessariamente complexa (Já publicamos aqui um guia com os conhecimentos básicos sobre vinho. Reveja aqui). O Mistermag esclarece pra você alguns dos maiores mitos sobre vinhos para te dar segurança para não cair em qualquer cilada.
1. Vinhos bons são vinhos caros
Ok. Alguns dos melhores vinhos são bastante caros, mas isso não é uma regra. Primeiramente, porque acertar na escolha de um vinho, você deve considerar a ocasião, o prato, e, é claro, sua companhia. Você pode se deliciar com um vinho de R$ 15 em um encontro de amigos em que, um vinho demasiadamente caro, seria desapropriado. Nos restaurantes também não se recomenda pedir vinhos muito caros, até porque o preço é muito mais elevado nesses estabelecimentos. Se você gosta de vinhos caros, vá até uma adega e compre uma garrafa, que é bem mais em conta. Em restaurantes, é aconselhável optar por vinhos moderados já conhecidos. Vale também experimentar um novo.
2. Os melhores vinhos são os importados
Esse é um dos mitos mais comuns, e é também o que tem menos fundamento. Dizer que os vinhos importados são os melhores, implica imediatamente na pergunta: importado de onde? Se você morar no Brasil, um vinho francês é um vinho importado, mas se você morar estiver na França, por exemplo, o importado – e, segundo a afirmação, o melhor – seria um vinho brasileiro. Preferir vinhos importados é um costume mundial que não passa de um esnobismo. Não caia nessa.
3. Os vinhos envelhecidos em barris de carvalho são o melhor tipo
O tratamento de um vinho em barris de carvalho costuma ser símbolo de status, mas não confere necessariamente ao vinho uma característica extra. As reações entre a madeira do carvalho e o vinho podem adjudá-lo a alcançar uma maior grandeza, mas isso depende da safra, do tipo de uva e de uma série de outros fatores. A madeira do carvalho começou a ser usada na fabricação de vinhos há muito tempo, mas não foi uma escolha estudada. Era a única madeira disponível para se fazer os barris de armazenamento. Se um vinho de qualidade for colocado em um barril de carvalho por um vinicultor qualificado, pode ficar delicioso. Contudo, se um vinho ruim for subetido ao mesmo tratamento, o resultado será um vinho ruim com leve gosto de carvalho.
4. Quanto mais tempo um vinho envelhecer, mais saboroso ficará
O fato de vinhos antigos serem vendidos por quantias imensas aguça a curiosidade de qualquer um quanto a sua qualidade. Um vinho bem envelhecido por ser uma iguaria, ou simplesmente um vinho com gosto de velho, e, portanto, ruim. São poucos os vinhos que tem as propriedades necessárias para envelhecer por muito tempo. A maioria alcança sua maturidade nos primeiros cinco anos, ou mesmo durante o processo de fabricação. Vinhos são para serem apreciados e, geralmente, quanto mais cedo melhor.
5. Vinho tinto com carne vermelha, vinho branco com carne branca
Esta é sim uma boa diretriz. Geralmente, quando não se conhece o vinho ou o prato, para não arriscar, é a melhor escolha mas não configura uma regra. Quem segue a risca essa combinação está fadado a comer e beber exatamenta a mesma coisa sempre. Não há dúvidas de que um Pinot Noir ou um Bardolino acompanham muito bem um salmão grelhado, mas o que acompanharia bem um hamburguer? Um cachorro-quente? Ninguém vai te proibir de comer pipoca e tomar um copo de rosé fresco, ou se você for comer filé de robalo e preferir um vinho tinto, ou mesmo champagne. Experimentar novas combinações é válido, inclusive aconselhável.



 
							