Sobre férias e o mundo dos solteiros lá fora


Em primeiro lugar, desculpem a ausência. Foram 30 dias de recolhimento e oração… mentira! Da grossa! Fiquei 25 dias fora. Minha primeira viagem grande sozinha. A parte de estar sozinha foi punk, em princípio. Depois foi bem legal. E um pouquinho depois, estar com mais pessoas também foi uma bênção. Estive em Madri, Barcelona, Paris, Aix-en-Provence, Porto e Lisboa. Roteiro estranho? É, eu não fui a Itália e eu não fui a Londres, lide com isso! Fiz o que tinha vontade de fazer. Vi os lugares que tinha vontade. Andei de trem bala de primeira classe. Fui onde conhecia gente. E fui conhecendo gente pelo caminho (e indo pra casa delas), o que foi o mais legal! Recebi muitos conselhos de como viajar. Bem com medo do inesperado, guardei todos. Não usei quase nenhum. As coisas foram acontecendo. Sem que eu planejasse nada.

A maior das verdades é que férias não existem. Fiz gravações no iphone, tomei notas e tirei fotos para complementar minhas aulas. Pra pesquisar nomes que eu não conhecia. Pra escrever aqui pra vocês sobre o que se passava. A gente relaxa, descança, mas não desliga. O que é bom. Isso só nos prova o quanto a nossa vida rotineira, que tanto nos parece enfadonha lá por dezembro, na verdade, é importante. Nos faz falta, nos diz e nos preenche muito mais do que pensamos. Sim, senti saudade. De tudo e de todos. Queria ver, tocar e cheirar a minha realidade. O meu dia a dia. Mas vamos ao que interessa, vamos falar da parte ANTES da saudade… a curtição!

O que posso dizer do povo lá fora? Fiz amigos, sim. E dei algumas voltinhas, também. A dinâmica é mais contida, sem dúvida. Estamos falando de pessoas que não se beijam em público. Estamos falando de pessoas pra quem beijar na boca é certeza que a noite vai terminar na cama. Oi!? Aqui a gente beija, abraça, faz e acontece e depois diz “Tãotá! Foi bacana, a gente se fala! Boa noite!” E é normal. Lá fora o pessoal leva o contato corpo a corpo mais a sério.

Mas aconteceram episódios bacanas na minha viagem. Beijos roubados, fugas e escapadas. Falarei sobre alguns deles aos poucos. Sobre outros, melhor não falar… foi divertido. Observar a maneira como o mundo dos solteiros acontece em outro lugar foi muito, muito interessante. Tenho que atestar o óbvio. Somos, nós brasileiros e brasileiras, peças exóticas. Somos pintadas, nós mulheres, como liberais, libertinas e etc. Somos sim, tidas comos grandisíssimas vagabundas. Os homens? Ótimos amantes. O machismo de sempre. Quem está fora, nos considera um povo extremamente sexualizado. Acho que até somos. Mas somos limpinhos, tá? Se for pra dar uma opinião, acho que a gente só lida melhor com essas coisas. Dizer que é brasileira lá for a é pedir pra levar uma gracinha. A mais constante? “Ai, se eu te pego, ai, ai, se eu te pego…” Tive que dizer “meu bem, agora nem sonhando…”

Esteriotipados somos nós. Esteriotipados são eles, pra nós. Maior mentira de todas: os parisienses são antipáticos. Não. São oprimidos. Você acha que a grandiosidade de Paris oprime só os turistas? Oprime o povo. Aquela cidade te deixa pequenininho. Imagina quem mora lá. Essa é a minha teoria. Eu não me senti maltratada. E olha que eu não falo lhufas de francês. Os homens parisienses são lindos. E ousados e te olham nos olhos como se nunca mais fossem te deixar ir embora. E não desviam o olhar. Dá um frio na barriga!

Mas meus preferidos foram os espanhóis. Morenos, altos, solícitos, galantes e sem muito medo de demosntrarem suas intenções. E eles tem envolvimento. Acho que é isso. Eles são cavalheiros, te absorvem quando falam com você. Não tem como não se deixar levar. Resumindo: os espanhóis tem a mão.

Trago um conselho pros meninos, pensando nos caras de lá. Não olhem de cima a baixo (principalmente embaixo), olhem nos olhos. Não enrolem, digam a que vem. E façam a menina se sentir especial. Taí uma coisa que eu aprendi que funciona. Naquele momento, ela deve ser a única mulher do mundo.

E feliz ano novo! Nos vemos por aqui todas as semanas!

3 comentários sobre “Sobre férias e o mundo dos solteiros lá fora

  1. Ane, obviamente esse não é a melhor abordagem possível, mas vai ter que ser.
    Tenho 20 anos, sou semi-rico e lindo, você e eu nos daríamos muito bem, believe me. Beijinhos

  2. Queria ter vivido algo assim enquanto solteiro… Mas meu momento atual é outro, outra realidade, outras prioridades, mas ao ler essas poucas linhas me fez (re)pensar em várias coisas… Curioso para saber das outras histórias!

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