Luxo eterno
O consultor e especialista em luxo, Carlos Ferreirinha, esteve ontem na cidade e falou para seletos empresários. Mas não pense que esse segmento é para poucos. Foi-se o tempo em que luxo era associado à ostentação e esnobismo. Hoje, no mundo dos negócios, é sinônimo de qualidade, atenção aos detalhes e excelência.
Já imaginou um restaurante em que você não precise acenar desesperadamente ou assoviar para chamar o garçom? Ou um lugar em que o garçom pede para guardar seu casaco e lhe oferece uma taça de vinho de excelente antes mesmo de lhe oferecer o menu? São exemplos de tratamento diferenciado que uma empresa pode colocar à disposição de seu cliente e que representam ações primordiais para solidificar e obter o sucesso de uma marca. Um objetivo difícil de ser alcançado hoje em dia, já que o fluxo de informações acaba dificultando as decisões de compra. Se uma empresa deseja destacar-se no mundo dos negócios e tornar-se referência, deve investir no luxo, ou seja, inovar, despertar desejos, seduzir o cliente e incentivar sensações. Ser criativo.
Mas essa teoria faz sentido em meio à crise que enfrentamos agora? De acordo com Ferreirinha, acaba sendo um incentivo para que os empresários resolvam investir no mercado de luxo. Hoje, no mundo todo, este segmento movimenta aproximadamente U$ 210 bilhões. No Brasil, esta conta significa um volume de U$ 2 bilhões anuais, ou seja, há espaço de sobra para que empresários brasileiros invistam em mão-de-obra qualificada, renovem seus serviços e ofereçam qualidade a seus clientes. Segundo o consultor, humanizar é a palavra-chave nesse mercado, que não está associado ao bom gosto e não possui nenhuma ligação com grifes ou preços astronômicos. Luxo significa produtos com valor diferenciado, mas que em troca desse investimento suscitam no cliente satisfação, emoção e a certeza de que o preço é irrisório diante da realização de seu sonho. Como diria a Philco, “tem coisas, que só o luxo faz por você”. Quer entender mais este conceito? Dá uma olhada nesse comercial da Toyota.
Por Paulo Almeida
