Quem quer compromisso?

E aí? Século 21 e tudo mais… o velho “pular a cerca” continua em alta.

Aconteceram duas histórias muito próximas a mim essa semana. Uma, de um cara que reclamou de uma menina (linda, inteligente, economicamente ativa e de bem com a vida) que estava dando em cima dele no trabalho. O fato é que o cara é casado, bem casado e feliz. Ele me disse, por mais incrível que pareça, indignado: “o que essa garota quer? Ela pode ter qualquer cara! Por que eu, eu que não quero nada com ela!”

A outra história: uma menina reclamando de um cara (recém-casado e aparentemente sem nenhum problema no casamento) estava se atirando, convidando pra sair, de uma forma bem direta. Ela contou que inclusive acompanhou de perto a preparação do casamento, conviveu com os noivos nesse período e que ficou chocada com a atitude da criatura sem noção. Sendo uma pessoa que tem pânico de barraco e confusão, ela usou do silêncio como tática para driblar, com elegância, essa lambança toda.

Eu somo a isso uma série de situações que já assisti de caras que curtiam essa coisa de “pular a cerca” como um esporte, uma coisa pra sair da rotina. Gente, não estamos discutindo aqui os relacionamentos que são descaradamente ou veladamente abertos. Relacionamento aberto é uma coisa ótima pra quem opta por ele: sem mentira, sem malabarismos de desculpas e horários. Tudo muito relax e moderno, eu imagino. Casamento é um acordo. Acho que cada casal estabelece o seu.

Estamos falando aqui da pessoa (homem ou mulher) que resolve saborear a “aventura do adultério”. A minha pergunta, a que não me sai da cabeça é: COMO ISSO AINDA EXISTE? Por que as pessoas ainda fazem esse contorcionismo todo por uma escapadinha?  Mais especificamente, minha dúvida é: já que os casamentos agora são perfeitamente termináveis, por que essas situações ainda se sustentam?

Quanto aos homens eu não sei, mas quanto às mulheres, tenho uma teoria. Ela está baseada na queixa que ouço de vários solteiros de que as mulheres não querem mais compromisso. De que eles, os solteiros, não encontram mulheres pra namorar. Que as mulheres interessantes não se interessam mais por relacionamentos. “Elas preferem os cafajestes!” Ouvi mais de uma vez. Essa menina  do relato acima (a que investiu no cara casado), poderia ter qualquer um. Mas esse “qualquer um” poderia querer ligar no dia seguinte, não poderia? Poderia querer sair pra jantar, ir ao cinema, e, com o tempo, acabaria deixando algumas coisas na casa dela “por praticidade”. Iria, eventualmente, a um almoço de família. E a coisa vai indo, vai indo… pronto, “vamos morar juntos!” é o próximo passo lógico, claro. “Afinal, você já tem 35, não pensa em ter filhos, não?” Roteiro mais manjado que capitulo final de novela da Globo.

Que é mais prático pra essa menina? Caso ela, realmente, do fundo do coração, não queira ser protagonista desse pseudo conto de fadas? Investir em um cara que, historicamente, não tem a mínima intenção de largar a esposa. Que só quer dar aquela “escapadinha”. Coisa de vagabunda? Não gente. É a lógica falando mais alto.

Quanto aos homens, não sei… é cultural? É biológico? Sei lá! Só sei que anda cada um prá um lado, ninguém se acha. Tem solução? Também não sei… Acho que essa semana deixarei vocês com a pergunta. Porque eu não consegui responder…

5 comentários sobre “Quem quer compromisso?

  1. Claro que somos pessoas que, ás vezes, nos deixamos levar por impulsos, não somos 100% racionais a todo momento. Não somos seres exatos :} Assim como nem todo mundo trai. Se não acontece com a gente, nada impede que aconteça com outras pessoas.
    Também acredito nos relacionamentos, no amor, na entrega, na fidelidade, mas que outras situações acontecem por aí é fato.

  2. Quem sou eu pra entender a cabeça das pessoas né, mas a gente tenta. Vou começar discordando da Keka.
    Eu acho que não existe impulso, não existe uma traição sem explicação. O que viramos? Pessoas que apenas se deixam levar por impulsos e instintos? Onde está nossa linda capacidade de escolher, de abnegar, de racionalizar, de amar inteiramente? Pode ter quem ache isso super clichê e romântico demais, mas acredito perfeitamente nos relacionamentos.
    Longe de mim dizer que vai dar certo pra todo mundo. Mas sinto que muita gente desiste tão fácil da fidelidade. Será que essas pessoas realmente querem viver nessa liberdade toda? Será que sabem o que querem? Vale sair se aventurando por aí de qualquer maneira? Não sei… Nunca desistir da felicidade. Mas admiro esse respeito pelo outro, esse cuidado. Agora, quem tem tudo muito bem resolvido, essas relações abertas e claras, já é outro papo.

  3. o QUE EU ACHO…

    Uns traem por impulso, simplesmente sem explicação, quando vê já foi e nem se sabe o motivo, ou melhor, nem ao menos existe motivo. Alguns, por não conseguirem controlar, amarrar sua admiração e desejo a uma só pessoa, não se sentem obrigados emocionalmente, acuados. Outros traem por gostarem, por esporte mesmo.
    Algumas pessoas têm o dom de mesmo que não sejam apaixonadas pelo parceiro não ter olhos para outras pessoas, chamam isso de respeito. Outras são completamente apaixonadas, devotas ao parceiro e pisam na bola. E aí? Quem simplesmente errou não respeita, não ama? Bobagem… Acredito que não existem respostas certas ou erradas quando se trata de sentimentos. e ASSIM SERÁ ATÉ O FIM DOS TEMPOS.

    “Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão?”

  4. ai ane, você não sabe mesmo das coisas. as pessoas traem e são traídas e é assim mesmo. e eu acho que a tendência disso é aumentar. não sou a favor, muito pelo contrário, mas o que eu acho é que todo mundo quer ter um “porto seguro”, mas não querem largar a “vida de solteiro”. o negócio é saber escolher bem alguém pra ficar junto ou ficar solteiro, na sua.

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