No último domingo, Cruzeiro e Internacional se enfrentaram pelo Campeonato Brasileiro 2011, no estádio Beira Rio, em Porto Alegre. A partida terminou em 3×2 para o time gaúcho e as polêmicas em volta do resultado foram grandes. Wilton Pereira Sampaio, árbitro do Distrito Federal, participou de forma direta no jogo ao se equivocar em algumas marcações.

Geralmente, técnicos e jogadores vão às entrevistas coletivas após os jogos e falam mal da arbitragem. A primeira reação é dizer que “jogador não sabe perder”, “técnico joga a culpa em quem não deve” e por aí vai. Entretanto, o técnico do Cruzeiro, Joel Santana, criticou o juiz brasiliense com razão.

No primeiro tempo, o jogo estava 1×0 para o Cruzeiro quando o meia argentino Alberto D’ Alessandro (Inter) invadiu a área mineira e sofreu pênalti de Gilberto. Na verdade, a falta começou fora da grande área e o camisa 10 do Inter caiu após a linha de marcação. De acordo com as regras, a falta deve ser marcada no exato ponto onde começou. Primeiro erro da arbitragem.

No segundo tempo, o placar mostrava 2×1 para o Inter quando o Cruzeiro marcou mais um gol com Anselmo Ramon. Na jogada, Ramon estava livre e recebeu o passe de um companheiro celeste, mas o árbitro marcou impedimento. Entretanto, as regras estipulam que o jogador só se encontra em posição de impedimento quando está a frente da linha da bola ou com apenas um ou nenhum jogador do time adversário a frente entre o ele (atacante) e a linha de fundo.

Bem, no lance, Anselmo Ramon tinha apenas o goleiro Muriel a frente, mas estava atrás da linha da bola. Consegue imaginar? Assim, o atacante cruzeirense estava em posição legal e o juiz anulou de forma incorreta o gol do time mineiro. Outro erro. No fim das contas, os 3×2 deixaram o treinador do Cruzeiro na bronca. “Será que o árbitro vai perder o emprego dele?”, questionou Joel Santana.

Para não ficarmos apenas nesses lances de hoje, vamos a outros erros que custaram derrotas. Em abril, Real Madrid e Barcelona, ambos da Espanha, se enfrentavam pela Liga dos Campeões da Europa, no estádio Camp Nou, em Barcelona. O Real precisava vencer e a partida estava em 0x0 quando Cristiano Ronaldo tocou para Higuaín que fez o gol, mas o juiz invalidou o lance. Na ocasião, o craque português foi derrubado por um jogador do Barça e, ao cair, atingiu Mascherano, que foi ao chão e o árbitro marcou falta.

No fim das contas, custou a classificação para o time da capital da Espanha. Erros de arbitragem acontecem em todas as rodadas de todos os campeonatos. Há quem critique a tecnologia no futebol, como o chip para informar se a bola entrou ou não, em caso de dúvida.

Se os árbitros não conseguem acertar em 100% dos lances, a tecnologia se torna, sim, uma alternativa para que se consagrasse vencedor ou campeão o time merecedor. Por exemplo, o campeonato por pontos corridos é menos emocionante, se comparado ao que possui sistema de finais. Entretanto, premia o time mais regular durante toda a competição e isso parece justo.

Portanto, jogar a culpa da derrota no árbitro parece exagero, mas o uso da tecnologia no esporte parece cada vez mais inevitável. Assim, não haverá reclamações posteriores por parte de torcida e integrantes do time perdedor.

Até a próxima semana!