Brasil x Equador
 
				A seleção brasileira goleou o Equador na terceira rodada da Copa América. Assim como a Argentina, precisava vencer a qualquer preço, para não ser eliminada de forma precoce. Com o placar de 4×2, os comandados de Mano Menezes se classificaram para as quartas-de-final e agora enfretam o Paraguai, no próximo domingo (17/7). Por falar em quartas, haverá também o jogo da Argentina contra Uruguai, que promete ser de arrepiar.
Com a vitória, certamente jogadores e técnico ganham mais confiança para seguir com o trabalho. Diferentemente do que aconteceu ano passado, quando fomos eliminados pela Holanda na Copa do Mundo, a seleção sofria gols e continuava a ir para cima dos adversários. Júlio César falhou nos dois tentos do Equador, mas nada que manche a imagem do goleiro que tantas vezes salvou a seleção. Afinal, “ele tem crédito”, como disse Mano Menezes em entrevista coletiva nesta quinta (14/7).
Mas por que o time jogou de forma tão diferente das outras partidas? Houve uma mudança crucial para a seleção: a entrada de Maicon (Inter de Milão). O lateral direito foi um verdadeiro “monstro” em campo e, como definiu o caderno Super Esportes (Correio Braziliense), um “trator do lado direito”. O ex-cruzeirense provou por A mais B porque merece ser titular desse time. Correu do início ao fim, chutou a gol, criou jogadas, fez uma assistência (toque para gol), deu dribles e mostrou muita raça. O camisa 13, sem dúvida, deve assumir o lugar de Daniel Alves (Barcelona).
O comentarista da TV Globo Caio Ribeiro definiu bem a troca entre os laterais: “o Daniel nunca foi conhecido por marcar bem. Ele sempre apoiou muito, mas se não o faz, a seleção não precisa dele”. Perfeito. Dani Alves chega muito bem ao ataque, mas se não joga assim, é melhor escalar Maicon que defende e ataca bem, quase como um ala, ou ponta direita.
Sobre o esquema tático, outras mudanças. Mano escalou o time como no primeiro jogo, com três atacantes (Robinho, Neymar e Pato). Ao voltar a ser um time ofensivo, a seleção brasileira conseguiu jogar da forma que gosta, com futebol vertical, rápido, habilidoso e confiante. O toque rápido na saída de bola e as definições feitas com seriedade contribuiram, e muito, para o sucesso diante dos equatorianos.
Por falar nos adversários, eles mostraram ter um atacante a nível internacional: Caicedo. O jogador marcou os dois gols da seleção e deixou o coração dos brasileiros na mão. Aliás, se a seleção estivesse completa com Guerrón (Altético-PR) e Valência (Manchester United), certamente teríamos sofrido um pouco mais.
Voltando ao Brasil, mais mudanças que fizeram a diferença. A troca entre Maicon e Daniel Alves já foi mencionada, mas, talvez, a mais importante vem agora. A postura dos jogadores em campo mostrou que a torcida pode confiar nesta seleção. Neymar parou com as brincadeiras e resolveu jogar como sabe, Ganso voltou a dar toques simples e magistrais. Robinho também jogou e parece que todos os atletas resolveram tomar atitude e atuar com seriedade, sem oba-oba. Por sinal, o camisa 11 mostrou amadurecimento: sem firulas, mas toques ágeis, simples, direto para o gol (como deve ser feito).
Quanto aos gols, fundamentais. A seleção abriu com Pato, mas em seguida sofreu o empate. Posteriormente, Neymar anotou, Pato novamente e Neymar pôs fim às contas. A falta de gols – que há muito tempo não apareciam na seleção – incomodavam torcida, jogadores e imprensa. Como saíram quatro no última partida, certamente o ânimo e a confiança dos atletas irá aumentar.
Para o próximo jogo, o Brasil deve entrar atento. A seleção enfrenta no domingo o Paraguai e a partida promete ser dura. Certamente a toricda para os canarinhos deve ser grande e o sentimento será de apoio aos jogadores para que assim dê Brasil e Argentina na grande final.
Caso Lúcio
O zagueiro lúcio, em entrevista coletiva ainda nesta semana, disse que os jogadores devem se preocupar mais com o que está à frente da camisa (escudo da seleção) ao que está atrás (nome dos atletas), em alusão a um possível ego a cima do comum de alguns jogadores. A atitude foi reprovada por Mano, sabe-se lá porque. O capitão fez o que deveria ser feito. Como líder do time em campo, Lúcio agiu corretamente e deu um “puxão de orelhas” em todos os atletas que, no fim das contas, parece ter surtido efeito.




 
							 
							
precisava ganhaaar!! ate que enfim neymar!