R.I.P McQueen
Desde que surgiu no cenário da moda inglesa, Alexander McQueen aglutinou a essência do cool londrino. Sua atitude destemida, apresentações únicas e a paixão pela controvérsia ressoaram globalmente sua genialidade e influência no design mundial. Ícone da moda, o ‘enfant terrible’ ou ‘Hooligan da moda inglesa’, como era chamado, impressionou o planeta com seu imaginário turvo e suas técnicas agressivas de modelagem.
Nascido em Londres em 17 de Março de 1969, era o mais novo de seis irmãos. Aos 16 anos, deixou a escola e entrou como aprendiz nos tradicionais alfaiates Anderson & Sheppard, na famosa Savile Row, berço da alfaiataria masculina. Isabella Blow, então diretora de moda da revista Tatler, foi quem primeiro acendeu sobre McQueen os holofotes do mundo da moda, em meados dos anos 90. Encantada com o talento do designer, Blow comprou todas as peças de seu desfile de graduação por £5,000.
Em 1996, o designer, com seu cabelo ultra curto e indefectíveis botas Dr. Martens, tornou-se chefe dos designers da casa Givenchy e em 2001 assumiu o posto de diretor criativo da Gucci. Simultaneamente, manteve a marca Alexander McQueen, um dos pontos altos das semanas da moda de Paris, Milão e Londres, pelas coleções dramáticas que beiravam o bizarro.
O imenso sucesso de suas criações lhe renderam inúmeros prêmios, incluindo quatro premiações como British Designer of the Year, entre 1996 e 2003, e International Designer of the Year pelo Council of Fashion Designer Awards. Ele recebeu também uma “Commander of the British Empire”, em 2003.
Em 2004, McQueen lançou sua linha masculina. Seguindo os mesmos preceitos que o tornaram famoso com o feminino, a linha para homens refletia a maturidade e extrema habilidade de criar roupas inventivas e usáveis. Inspirada nas roupas de soldados dos anos 30, a coleção foi apresentada por um casting escolhido nas ruas e pinçado do Exército Americano.
Mas as atuações brilhantes de McQueen não se restringiam às roupas. Parcerias com a Puma, Samsonite e até mesmo a direção de videoclipes também possibilitaram ao mundo reconhecer o talento inenarrável do criador.
Os tênis da quarta colaboração entre o estilista e a Puma serão lançados ainda este semestre.
A morte de Alexander McQueen é mais que a perda de um grande criador. É o encerramento brusco de uma carreira que movimentou, inspirou, provocou e acelerou o imaginário da moda mundial. Com sua morte, a moda masculina perde um de seus grandes avatares, um criador que influenciou, provocou e forçou limites.
Veja o último desfile masculino do estilista.








































Valeu!!